segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Despedida nada íntima

A intimidade estendida nos varais

Lado a lado como se fosse normal

Alguém que desconheço faz

Não sei se me preocupo

Ou se desisto

Não era pra ser assim

Assim como se tudo fosse flores

Se pago quero privacidade

Não a tenho

Fico pensante

Rapidamente formo minha opinião

Sentado me despeço

De onde não quero voltar

Mais

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Reflexões amistosas

Passo um momento difícil

Sinto que não está bem

Faço-me de bobo e sigo

Mas sinto que não me convém

Acho que sei o que faço

Faço o que acho que sei

Sei que faço o que acho

O que acho é errado

O que sei é sentido

O que faço é instinto

Acho que faço o errado

E sei

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Atendo o inesperado

Espero sem querer esperar

São coisas que não dá pra explicar

Literalmente sentado e desatento

Espero acontecer o que quero

Mas não espero

Só uma coisa me confirma que espero

Logo após um som atordoante

Sou capaz de dizer sim

Sim eu espero

Espero que sim